quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Reticências
Levantou-se de súbito, Sofia ensaiava um abrir de olhos, lento como sempre. Saiu antes que ela pudesse falar. Colocou a primeira bermuda que encontrou, passou a mão nas chaves e saiu, batendo a porta num relance.
[Elisa, novembro 08]
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Instante ®
domingo, 23 de novembro de 2008
Sei lá, me peguei pensando
Descobrir quem nós somos é viver a vida percebendo que a felicidade não é uma meta a ser alcançada. Felicidade é um momento, um simples momento que se não for bem aproveitado passa correndo e a gente nem nota.
sábado, 22 de novembro de 2008
Por que eu teimo em usar as palavras?
esqueço que elas existem tranco-as num lugar escuro e úmido e pronto...
talvez elas criem mofo e deixem de tentar sair
talvez sem elas, minha vida fique mais calma.
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Acordei afônica... talvez seja praga.
Malditas palavras! Malditas que eu quis dizer e prendi!
Agora estão aqui, entaladas na garganta
grudadas feito massa corrida
me sufocando...
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Hoje falei dormindo
soltei metade do que precisava ser solto
acordei cantando
as palavras mofadas... mofadas?
não...
as palavras... belas palavras..
soltaram-se, estão livres
correndo...
do mesmo jeito que eu gostaria de estar
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Sobre a previsibilidade das coisas.
Imagino como deve ser cansativo e até mesmo frustrante conviver diariamente com pessoas as quais não sabemos que reação terão frente às situações impostas pela vida. Todos os meus grandes amigos são previsíveis. Pelo menos para mim. Assim como tenho certeza de que sou previsível para eles.
Entenda, ser previsível não é ser rotineiro ou talvez, como muitos pensam, insosso. Ao contrário, a previsibilidade daqueles que amamos é a prova de que os conhecemos. Claro que, em alguns momentos, todos teremos atitudes intempestivas ou mesmo uma mudaça. Mas como é bom quando eu sei que, ao dar uma única rosa branca para a Louise ela irá sorrir e filosofar sobre a importância daquele presente; ou mesmo ao levar palavras cruzadas para Aline era irá se alegrar e fazer com gosto; ou saber que Taissa precisa de um tempo maior para deglutir as situações e o Ricardo saberá sempre me dizer aquela palavra necessária e me receber com aquele sorriso peculiar.
E tantos outros gestos tantas outras falas. Ser uma pessoa que ninguém sabe como vai reagir nem sempre é sinônimo de qualidade.
O mistério não reside no imprevisível.
Não pelo menos para mim.